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quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Estados unidos em defesa do Cerrado

 
Secretários estaduais de Meio Ambiente devem integrar sistemas de monitoramento

Secretários de Meio ambiente de vários estados que possuem áreas de Cerrado se reuniram nesta quinta-feira, dia 10 de novembro, em Goiânia, para traçar ações conjuntas de conservação deste bioma. A reunião ocorreu durante toda a manhã, no Palácio das Esmeraldas, e à tarde, no Ministério Público estadual.

Esta foi a primeira reunião do grupo após a criação do Fórum, em setembro deste ano. O Plano para conservação e desenvolvimento sustentável do Cerrado foi o foco do debate. Ele enfatizou temas como o macrozoneamento, o Projeto de Emenda Constitucional (PEC do Cerrado como Patrimônio Natural), o combate ao desmatamento, potencialidades do Cerrado para Ciência e Tecnologia, criação e fortalecimento das unidades de Conservação e o Fundo Amazônia (Investimentos no Arco do Desmatamento).

Secretário do Meio Ambiente de Goiás, Leonardo Viela abriu os trabalhos e apresentou propostas para o combate à degradação ambiental. O destaque ficou por conta do projeto que condiciona a liberação para desmatamento à eliminação de passivos ambientais.

Diferentemente da liberação de licença de desmatamento expedida atualmente, a Semarh vai condicionar o proprietário a obter uma licença parcial da área requerida, quando constatado que possui degradação em sua APP ou reserva legal, ficando a liberação da área remanescente condicionada à efetiva ação para sua recuperação. Atualmente se exige a construção de uma cerca em torno da APP e a assinatura, pelo proprietário, de um termo de compromisso afirmando que reconstituirá a APP degradada.

A nova proposta prevê a reparação prévia da degradação ambiental em áreas de preservação permanente (APP) ou reservas legais das propriedades rurais, quando constatado o dano. Só depois de tomadas todas as providências compensatórias é que uma licença será liberada para desmatar toda a área requerida.

Após a exposição de Leonardo Vilela, o representante do Ministério do Meio Ambiente, Mauro Pires, explicou o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento e das Queimadas no Cerrado. Entre os temas do plano, destaque para a integração dos sistemas de informação dos estados e do Governo Federal para poder mapear com precisão as áreas que têm sofrido desmatamento e queimadas. Cada estado expôs seus pontos positivos e suas dificuldades, mas todos concordam que o investimento em sistemas mais modernos de monitoramento de queimadas e devastação, e a integração dos sistemas estaduais com o nacional são as melhores armas para se garantir a preservação do Cerrado.

Os secretários terminaram a reunião com a Declaração de Goiás, uma carta aberta do Fórum à sociedade e à ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. A carta considera as discussões do grupo e reivindica recursos políticos e financeiros para realizar ações de conservação e desenvolvimento do Cerrado. A carta é também um instrumento de mobilização, articulação e transparência, para que a sociedade conheça a situação e participe dos debates. "É preciso unir os estados, mas também a população que tem a sorte de viver no Cerrado", resumiu Leonardo.

A próxima reunião deve ocorrer na Bahia, no início de 2012. O Cerrado está presente nos estados de Goiás, Tocantins, Minas Gerais, Bahia, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Piauí, Rondônia, Amapá, Maranhão e Distrito Federal.

Patrimônio remanescente
O Cerrado ocupa hoje pouco mais de 50% da área original, o que representa cerca de 25% do território nacional. A criação do Fórum se deu em Brasília, no dia 14 de setembro, durante evento em comemoração a Semana do Cerrado. A articulação para criar o Fórum foi feita pelos secretários de Goiás e Tocantins, Leonardo Vilela e Divaldo Rezende, respectivamente, durante a visita do líder tocantinense à Secretaria de Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos de Goiás (Semarh).

Quando o Fórum foi criado, em setembro, a ministra Izabella Teixeira pediu aos estados representados maior atenção para três temas: a implantação da política de mudanças climáticas, o combate a incêndios florestais e queimadas e também um investimento em consumo sustentável.

O Fórum é a maior ação conjunta dos estados que possuem áreas de Cerrado para a preservação conjunta deste importante bioma, que representa 5% de toda a diversidade tebiológica do planeta.

Informações: Brenno Sarques

Fonte: www.semarh.goias.gov.br

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